segunda-feira, 16 de maio de 2011

ANTAGONISMO SOCIAL: GOVERNO MOEMA


A sociedade laurofreitense tem vivido neste momento um inflar de mobilizações sociais, classes de trabalhadores municipais se rebelam contra a política perversa, repressora e de desvalorização dos trabalhadores municipais e o mais aberrante, ações promovidas por quem sempre se disse ser representante dos trabalhadores, o Partido dos Trabalhadores (PT) e tudo isso amparado e municiado por um grupo que também se dizia defensor dos movimentos populares e da ascensão socialista, o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Ambas as siglas imbuídas do poder outorgado pelo povo no sufrágio, veste a roupa da tirania e da repressão tão bem ensinada pela Ditadura Militar e posta em prática por anos de governos de direita e, diga-se de passagem, motivos de manifestações destes que se diziam representantes do trabalhador e da classe oprimida.

Neste momento, “não haveria como não dar razão ao profetismo político de Robert Michels, que, em 1911, em seu clássico Os partidos políticos, defende a tese, até agora confirmada pela história, de que todo partido de esquerda que insiste em disputar espaço na institucionalidade burguesa termina por ser cooptado por ela, em vez de transformá-la”.

Presenciamos no nosso município, no nosso Estado uma administração por partidos políticos de esquerda, diríamos no passado que é tempo de reparação de extinção das desigualdades, de oportunidade para o fortalecimento e valorização da classe trabalhadora e como bem diz Frei Betto, “há uma diferença radical entre esquerda e direita: esta age motivada por interesses, sobretudo de aumento da riqueza concentrada em suas mãos; aquela age (ou deveria agir) por princípios, centrada no direito à vida da maioria da população. É muito raro um político de direita apoiar reformas direcionadas a diminuir a desigualdade social, reduzindo a renda dos mais ricos para permitir mais acesso dos pobres à riqueza nacional.

Os movimentos sociais são postos em segundo plano, são reprimidos e agora com uma referência e carimbo daqueles que até pouco tempo dirigia multidões, são negligenciados e tratados com a mesma violência com que eram tratados nos governos de direita, será que vivenciamos no nosso município uma barbárie? Ou seria como diz mais uma vez Frei Betto de fenômeno de “desideologização”. “Conservar-se no poder passa a ser sua obsessão, e não a preocupação de administrar para melhorar as condições de vida da maioria da população. Essa desideologização tende a reduzir a política à arte de acomodar interesses. Perdem-se a perspectiva estratégica e o horizonte histórico; já não se busca um ‘outro mundo possível’, agora tudo se reduz a cultivar uma boa imagem junto à opinião pública”.

As estratégias de perpetuação no poder sobrepõem até direitos fundamentais como à educação de qualidade e o próprio direito de manifestação por meio da greve, a liberdade de manifestação pacífica. O direito à educação de qualidade é violentado quando a Prefeitura diz que gastou em dois anos R$ 2,8 milhões de reais em construção e reforma de escolas (algo duvidoso e sem percepção real da melhoria da estrutura física) e pretende-se gastar aproximadamente R$ 3 milhões de reais para propaganda em apenas um ano, a educação sucumbe à propaganda. O direito de manifestação é igualmente violentado por este governo quando de forma abrupta, violenta e cruel, assedia moralmente e materialmente os trabalhadores em educação pondo em prática uma operação de visitação diária às unidades escolares, de recolhimento também diário da lista nominal dos trabalhadores aderentes ao movimento grevista, de ameaça de corte de salário das mães e pais trabalhadores (as), que no fim deste mês provavelmente não terão condições de prover seus filhos de alimento.

População de Lauro de Freitas, este é o governo democrático e do partido dos trabalhadores, que apresenta o antagonismo ideológico e material, com perseguição dos trabalhadores, sucateamento da educação e compressão dos salários, por isso nós Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas não reconhecemos estes partidos políticos (PT, PSB) como representantes dos trabalhadores e precisamos continuar lutando pela democracia e por uma educação de qualidade.

“Abaixo à Ditadura!”

“Anos de Chumbo”

ASPROLF
Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas - BA
"Não abra mão dos seus direitos."

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