A secretária municipal da educação Adriana Paiva, afirmou que tem dialogado á exaustão com o Sindicato e não entende o motivo da paralisação de 48 horas na rede, mas esqueceu de explicar porque o governo não cumpre os compromissos assumidos, como o pagamentos das rescisões e até a simples divulgação da tabela de pagamento dos servidores.
A ASPROLF Sindicato participou no final da tarde desta segunda-feira (9) de uma reunião na SEMED à convite da secretária municipal da educação, Adriana Paiva para discutir os entraves na pasta que estão comprometendo o início do ano letivo na rede, além das deliberações da última assembleia da categoria na última quarta-feira (4), que decidiu pela manutenção do estado de greve na educação por conta de problemas já discutidos com a gestão municipal, porém não resolvidos.
Durante a conversa a secretária disse está preocupada com a Assembleia da categoria marcada para hoje (10), e que a SEMED tem dialogado exaustivamente com o Sindicato e não entende o motivo da ‘Operação Tartaruga’ e a paralisação de 48 horas na rede (nos dias 2 e 3 de março, na semana passada), sendo que na primeira data, havia sido marcada pela secretária uma reunião do prefeito Márcio Paiva com a ASPROLF no Centro de cultura de Portão e ele não compareceu e nem deu satisfação sobre sua ausência. O que para a categoria, revelou um descaso do governo com os trabalhadores e sobretudo, com o andamento da educação no município.
Adriana insistiu em dizer que não entende o movimento paredista instalado, já que para ela, o governo tem tido um diálogo amplo e transparente com a entidade sindical. E disse ainda que “parece haver um propósito de desgaste da ASPROLF com a secretaria” e usou frases como “não estou aqui pra brincadeira” e “não vai medir palavras para falar com a categoria”. Na verdade, o que precisa ficar claro para o governo, é que a entidade sindical ASPROLF não está e nem nunca esteve de brincadeira e faz um trabalho sério e legítimo na defesa dos direitos individuais e coletivos dos trabalhadores em educação no município de Lauro de Freitas há 25 anos. E para além desse diálogo e transparência, discurso constante dessa gestão, o que a classe trabalhadora pede do governo são ações concretas para a educação no município, com prazos exatos de pagamentos em aberto, obras concluídas e contratações necessárias para debelar o déficit tanto de pessoal, quanto de infraestrutura vivido hoje nas escolas municipais, e claro, cumprimento dessas promessas/afirmações, como num exemplo simples, a divulgação da tabela de pagamento dos servidores, prometida pelo prefeito para a Jornada Pedagógica ocorrida em janeiro deste ano, e que até agora não foi divulgada.
Com tantas promessas não cumpridas pela gestão do prefeito Márcio Paiva, fica difícil entender esse método de diálogo, até porque, atrás do Sindicato está a categoria, que é quem dá a deliberação final, e quem espera da gestão municipal, o cumprimento de suas muitas afirmações. As justificativas de que os problemas no orçamento da pasta foram gerados pela Redução da Carga Horária no magistério e o pagamento dos 19% da categoria, não é da conta dos trabalhadores, é simplesmente direito. E se o governo não se preparou financeiramente para isso, não somos nós que vamos pagar. É um problema do governo que ele tem que buscar uma solução de forma inteligente e não ameaçar tirar da categoria direitos adquiridos com total legitimidade. Coisas do tipo enfraquecem a credibilidade da gestão progressista com a categoria e principalmente com a mídia, que está acompanhando a situação da educação nesse município.
Paiva novamente afirmou que com relação à falta de pessoal as contratações estão em andamento, parte dela (o novo REDA) deve ser concluída “no final do mês” e o as outras (estagiários), estão em andamento. Sobre os pagamentos das rescisões do pessoal do antigo REDA (2013/2014), que era pra ter sido paga na semana do Carnaval (primeira quinzena de fevereiro) ainda não foi totalmente concluído; os auxiliares de classe daquele processo amargam até esta data a falta do pagamento que lhes é de direito; mas novamente a secretária prometeu que eles terão esses valores pagos no final desde mês de março. E mais uma vez, estamos todos esperando. Vale ressaltar que essas são só algumas das pendências da prefeitura com a categoria que ainda arrasta as discussões dos processos administrativos atrasados e que são continuamente cobradas pela ASPROLF.
Como resultado dessa conversa com a secretária, ficou estabelecido datas e horários para encontro no Centro de Cultura de Portão, entre a ASPROLF, comissão paritária, secretarias do município e o prefeito Márcio Paiva, para dar início as negociações da Campanha Salarial 2015.
Hoje (10) às 14 horas os trabalhadores estarão reunidos na Praça do Centro de Lauro de Freitas para uma nova Assembleia Geral Extraordinária, onde irão discutir além dessa reunião com a secretária da educação, os problemas que estão ocasionando o estado de greve e a Campanha Salarial 2015.
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