Os trabalhadores em educação do município de Lauro de Freitas mais uma vez mostraram que só com a luta é possível fazer valer os diretos da classe trabalhadora, e saíram vitoriosos no embate contra a arbitrariedade da prefeitura que mudou o calendário de pagamento dos salários dos serventuários do município, prejudicando a vida financeira dos funcionários.
Em vista disso, o ASPROLF – Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Lauro de Freitas convocou a categoria para ocupar as dependências da prefeitura e só sair de lá, quando todos os servidores do município estivessem com o salário na conta.
Em resposta a prefeitura divulgou nota afirmando que não ia mudar o prazo, mas a pressão dos trabalhadores, que fez vigília durante esses três dias de ocupação, foi mais forte e, ontem (5), os servidores constataram seus justos vencimentos na conta. Vale ressaltar que a luta do ASPROLF-Sindicato colaborou para que todos os servidores do município fossem beneficiados com o pagamento dos salários ontem, fato que só iria ser pago no dia 09, próxima segunda-feira.
A categoria que assistiu à Sessão da Câmara Municipal ontem à tarde, a fim de acompanhar a leitura do Projeto de Lei nº 72, que trata da alteração da Lei de Diretor Escolar, no final fez uma assembleia geral extraordinária dentro da Casa Legislativa.
Durante a assembleia, os/as trabalhadores/as, cansados, mas resistentes e corajosos, fizeram avaliação do movimento e falaram que não vão aceitar golpe articulado entre Executivo e parte do Legislativo no que diz respeito a Eleição Direta de Diretor Escolar, direito conquistado em 2007. Ou aprova o PL nº 72, terça-feira próxima, em dois turnos, ou teremos eleição direta. Golpe não aceitaremos, ratificou o Coordenador Geral, Valdir Silva, que ao final já tinha perdido a voz.
Vejam as propostas que foram encaminhada e aprovadas pela classe trabalhadora da educação:
- Foi protocolado um documento Ofício nº 61/2015 do ASPROLF, solicitando revogação da Portaria Gapre nº 274/2015, e construção de um calendário de pagamento discutido com as representações sindicais do servidores públicos municipais, além de outras solicitações;
- Terça-feira (10), às 14h, a categoria em peso na Câmara de Vereadores para pressionar a aprovação do PL nº 72;
- Desocupação da prefeitura e paralisação na sexta-feira (hoje), para que os servidores possam ter tempo de pagar suas contas atrasadíssimas e tentar negociar seu juros altíssimos;
- Caso o governo não pague os salários até o último dia útil do mês (30/11, pela manhã), dia 01/12 haverá assembleia geral extraordinária em dois turnos (manhã e tarde) para decidirmos sobre novas paralisações (lembrando ao Executivo que esse mês tem aumento de 6%);
· Da mesma forma, se o 1/3 de férias não for pago e o salário do mês de janeiro de 2016 atrasar, haverá no dia 01/02/2016 assembleia geral em dois turnos no lugar de participar da Jornada Pedagógica.
Mais uma vez, a força e a luta dos trabalhadores da educação não só prevaleceram como também beneficiaram todo o funcionalismo público municipal, isso porque além de ser em maior número, a categoria tem um sindicato forte, organizado e combativo no município.
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