sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Vitória: Luta dos trabalhadores da educação mais uma vez fez valer os direitos de todo os servidores municipais


Os trabalhadores em educação do município de Lauro de Freitas mais uma vez mostraram que só com a luta é possível fazer valer os diretos da classe trabalhadora, e saíram vitoriosos no embate contra a arbitrariedade da prefeitura que mudou o calendário de pagamento dos salários dos serventuários do município, prejudicando a vida financeira dos funcionários.


Em vista disso, o ASPROLF – Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Lauro de Freitas convocou a categoria para ocupar as dependências da prefeitura e só sair de lá, quando todos os servidores do município estivessem com o salário na conta.


Em resposta a prefeitura divulgou nota afirmando que não ia mudar o prazo, mas a pressão dos trabalhadores, que fez vigília durante esses três dias de ocupação, foi mais forte e, ontem (5), os servidores constataram seus justos vencimentos na conta. Vale ressaltar que a luta do ASPROLF-Sindicato colaborou para que todos os servidores do município fossem beneficiados com o pagamento dos salários ontem, fato que só iria ser pago no dia 09, próxima segunda-feira.




A categoria que assistiu à Sessão da Câmara Municipal ontem à tarde, a fim de acompanhar a leitura do Projeto de Lei nº 72, que trata da alteração da Lei de Diretor Escolar, no final fez uma assembleia geral extraordinária dentro da Casa Legislativa.




Durante a assembleia, os/as trabalhadores/as, cansados, mas resistentes e corajosos, fizeram avaliação do movimento e falaram que não vão aceitar golpe articulado entre Executivo e parte do Legislativo no que diz respeito a Eleição Direta de Diretor Escolar, direito conquistado em 2007. Ou aprova o PL nº 72, terça-feira próxima, em dois turnos, ou teremos eleição direta. Golpe não aceitaremos, ratificou o Coordenador Geral, Valdir Silva, que ao final já tinha perdido a voz.

Vejam as propostas que foram encaminhada e aprovadas pela classe trabalhadora da educação:

  • Foi protocolado um documento Ofício nº 61/2015 do ASPROLF, solicitando revogação da Portaria Gapre nº 274/2015, e construção de um calendário de pagamento discutido com as representações sindicais do servidores públicos municipais, além de outras solicitações;
  • Terça-feira (10), às 14h, a categoria em peso na Câmara de Vereadores para pressionar a aprovação do PL nº 72;
  • Desocupação da prefeitura e paralisação na sexta-feira (hoje), para que os servidores possam ter tempo de pagar suas contas atrasadíssimas e tentar negociar seu juros altíssimos; 
  • Caso o governo não pague os salários até o último dia útil do mês (30/11, pela manhã), dia 01/12 haverá assembleia geral extraordinária em dois turnos (manhã e tarde) para decidirmos sobre novas paralisações (lembrando ao Executivo que esse mês tem aumento de 6%); 


·     Da mesma forma, se o 1/3 de férias não for pago e o salário do mês de janeiro de 2016 atrasar, haverá no dia 01/02/2016 assembleia geral em dois turnos no lugar de participar da Jornada Pedagógica.

Mais uma vez, a força e a luta dos trabalhadores da educação não só prevaleceram como também beneficiaram todo o funcionalismo público municipal, isso porque além de ser em maior número, a categoria tem um sindicato forte, organizado e combativo no município.

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