Antes em assembleia geral na AFPEB, cerca de 600 trabalhadores debateram sobre os processos administrativos, calendário escolar, problemas nas escolas, a situação dos profissionais em regime REDA, cuidadores, agentes administrativos, auxiliares de classe, apoio, etc.
Os
profissionais dos diversos segmentos da educação protestaram contra o caos
instalado na rede desde o início do ano letivo. Eles reclamam de falta de
material nas escolas, carteiras para os alunos e assédio moral contra os
servidores dentro das unidades de ensino e até na SEMED
Cerca 200 trabalhadores Municipais da educação de Lauro de Freitas
(região Metropolitana de Salvador) ocuparam no final da manhã de hoje
(19), a SEMED – Secretaria Municipal da Educação – para apresentar
ao secretário de educação, Paulo Gabriel Nacif, o ‘sucesso’ do Projeto Cidade
Educadora da SEMED e Prefeitura nas escolas da rede.
Com inúmeros problemas de funcionamento desde o início do ano
letivo, as unidades de ensino deixam a desejar no que diz respeito ao tema do
projeto. Os profissionais dos vários segmentos da educação (professores
concursados, auxiliares de classe, cuidadores, apoio, administrativo, etc.)
questionaram o secretário sobre como é possível um projeto Cidade
Educadora dar certo com todos esses problemas?
É extensa a lista de queixas dentro e fora das escolas. Déficit de
profissionais (professor e coordenador pedagógico), falta de carteira para os
alunos e mesa para o professor, falta de caderneta escolar, de material básico
como de folha de ofício, tinta pra impressora e até mesmo papel higiênico nas
creches, além de desrespeito aos profissionais dentro da escola e na SEMED que
denunciam assédio moral de gestores escolares e funcionários da secretaria de
educação.
“Estamos aqui
reivindicando qualidade no ensino público e o sentimento que eu tenho é
que estão sendo feitas ações mínimas para as escolas. A gente não vê
interesse da prefeita e nem do secretário de educação com o ensino, com o
profissional, com as crianças, e olha que todos esses problemas são de
conhecimento da gestão. É um clima adoecedor dentro das escolas,” disse uma
professora indignada. Os profissionais confessaram que estão frustrados
com a equipe da secretaria de educação desta gestão, que foi aguardada
com bastante expectativa, e era tida como a ‘equipe da
mudança’ que a pasta tanto necessitava.
Emocionada, uma professora se queixou da falta de acesso ao
secretário de educação quando tem buscar auxílio na SEMED e disse que, segundo
sua secretária da casa, ‘Pulo Gabriel é muito ocupado’ e não pode atender. Ela
também denunciou perseguição política dentro da escola aonde trabalha.
O desrespeito não para por aí. Salário atrasado, quebra de
acordo de mesa (feito pela prefeita Moema Gramacho com os profissionais
cuidadores), de pagamento de vale transporte e ticket alimentação, infraestrutura
comprometida (inclusive com risco de acidente grave), desrespeito ao
profissional dentro da SEMED, foram algumas das muitas queixas
ouvidas.
Em resposta, o secretário Paulo Gabriel disse estar decepcionado em
ter que reconhecer que todas as queixas têm fundamento e disse que vai levar as
questões para a prefeita. O Coordenador Geral do ASPROLF, Valdir Silva, lembrou
que o Executivo já foi oficializado quanto a essas reivindicações inúmeras
vezes, e que em algumas situações, o governo não respondeu na totalidade como
deveria fazer. Silva solicitou ao secretário, uma reunião urgente com a
prefeita, para que ela sente com trabalhadores para dar resposta concreta às
inúmeras demandas da educação. Ele destacou ainda que Moema precisa tomar
uma posição sobre o que de fato ela quer pra educação do município e que
passe o recurso da educação para a educação, para que essas necessidades
dentro das escolas sejam supridas," reivindicou. Na saída da
secretaria a categoria deliberou que caso o Executivo não atenda às demandas
dos trabalhadores, será convocada uma assembleia emergencial com indicativo de
movimento paredista.
Assembleia Geral Extraordinária
Mais cedo (às
9h, na AFPEB), cerca de 600 trabalhadores estiveram reunidos em assembleia
geral extraordinária, onde debateram sobre os processos administrativos,
calendário escolar, problemas nas escolas, a situação dos profissionais em
regime REDA, cuidadores, agentes administrativos, auxiliares de classe, apoio,
etc. (todos esses assuntos levados à secretaria de educação).
No encontro, a categoria deliberou, além dessa ocupação à SEMED, a
participação do ato público amanhã (20), às 15h no Campo Grande em Salvador, e
a participação em massa da classe trabalhadora no desfile cívico de Emancipação
da cidade no sábado (29/07).
Nenhum comentário:
Postar um comentário