A resistência popular às opressões sociais tomou várias formas ao longo dos séculos. As mais comuns foram os enfrentamentos, as revoltas e as guerras. No entanto, as festas, o riso e a ironia das máscaras não podem ser esquecidas.
Festas populares existem desde que a humanidade se organiza em grupos. Com o desenvolvimento das exclusões sociais e das divisões de classe a festa popular ganha conotações de resistência à cultura, às morais, aos hábitos, especialmente às hierarquias impostas pelas elites dominantes. Se no restante do ano o povo tem que cumprir determinados papéis, na festa esses papéis são subvertidos. Fantasiados, todos tornam-se povo, sem rótulos, sem as marcas sociais que nos definem.
Foliões do Bloco Madrugueiros de Pijama |
A festa popular, diferente da festa midiática, nos anima a buscar mais espaços onde possamos ser gente, ser povo sem as marcas que nos imprimem e nos separam.
Nesse espírito, o ASPROLF sinaliza um espaço para que os profissionais da educação da Rede participem da Festa. O apoio ao bloco Madrugueiros de Pijama é uma tentativa de construir um espaço de socialização para nossos filiados, assim como apoiar as expressões culturais populares da nossa cidade.
Se você tem interesse em participar conosco no bloco Madrugueiros de Pijama, procure-nos em nossa Sede, pois teremos condições especiais para os filiados do ASPROLF curtirem a folia ipitanguense/laurofreitense.
“Um dos elementos obrigatórios da festa popular era a fantasia, isto é, a renovação das vestimentas e da personagem social (...) o elemento da relatividade e de evolução foi enfatizado, em oposição a todas as pretensões de imutabilidade e atemporalidade do regime hierárquico a que estamos submetidos.” (Bakhtin)
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